ESTUDANTES INDÍGENAS NOS CURSOS DE MATEMÁTICA E ENGENHARIAS DA UNIFESSPA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E AÇÕES AFIRMATIVAS
Jhemerson da Silva e Neto. E-mail: jhemersonsn@unifesspa.edu.br
Ana Clédina Rodrigues Gomes. E-mail: ana.cledina@gmail.com
Harryson Júnio Lessa Gonçalves. E-mail: harryson.lessa@unesp.br
Resumo
A pesquisa em destaque constitui-se a partir dos estudos do/no campo da educação matemática. Tem como objetivo analisar de que modo a educação matemática pode colaborar para a permanência e sucesso de estudantes indígenas que ingressam por meio de ações afirmativas nos cursos de matemática e engenharias da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Apoia-se nos pressupostos teóricos da interculturalidade crítica sob uma ótica decolonial e da educação matemática crítica. Como metodologia, tem como fio condutor uma abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória, lançando mão da análise de conteúdo para o tratamento de diversos documentos a serem examinados, além de subsidiar a análise das entrevistas com docentes e discentes (indígenas). Espera-se com a presente pesquisa, contribuir para o processo de decolonização da universidade a partir do diálogo entre saberes locais e globais, a fim de se construir uma pluriversidade.
INTRODUÇÃO
O acesso à universidade tem se tornado cada vez mais democrático, sobretudo após a promulgação no Brasil a Lei n. 12.711, em 29 de agosto de 2012, que trata da inserção do sistema de cotas, implicando na reserva de vagas para candidatos oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas na educação superior (BRASIL, 2012a). Tal Lei foi um marco importante no que concerne à busca pela reparação social em decorrência dos processos de escravização, discriminação e preconceito acerca dos grupos historicamente marginalizados. Até a promulgação da Lei, poucas IES promoviam ações afirmativas, tais como bônus, cotas raciais e reserva de vagas (DAFLON; FERES JÚNIOR; CAMPOS, 2013).
No contexto do sudeste paraense, no ano de 2014, por meio da Resolução Consepe/Unifesspa nº 22, de 13 de novembro de 2014, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) passou a adicionar duas vagas para indígenas e duas para quilombolas em todos os seus cursos. Tal ação, amplia o acesso desses sujeitos ao ensino superior, visando diminuir as assimetrias sociais causadas pelos processos históricos de colonização e subalternização. Entretanto, o acesso à educação superior a tais sujeitos deve vir acompanhado das dimensões de permanência e progresso acadêmico.
Em se tratando da educação matemática, entende-se que esta perpassa por inúmeras áreas da academia e pode contribuir para a inclusão e permanência do estudante indígena. Por exemplo, em diagnóstico realizado pela Unifesspa (UNIFESSPA, 2016), 11 indígenas ingressaram no curso de Agronomia, entre os anos de 2010 a 2016 e acumularam um total de 96 reprovações em inúmeras disciplinas, das quais 49 reprovações diziam respeito às médias e faltas. Das cinco disciplinas com maiores índices de retenção, duas se tratavam de disciplinas da matemática pura, a saber: Matemática I e II.
Tendo em vista de que no período supracitado, dos 96 indígenas que ingressaram em cursos de educação superior na Unifesspa, 16 matricularam-se em cursos de ciências exatas (2 em matemática e 14 em engenharias), há indícios de que tais índices de reprovações sejam semelhantes nestes cursos.
Assim, algumas questões podem ser levantadas a partir de tal problemática no que se refere a dificuldade de estudantes indígenas permanecerem na educação superior, sobretudo, em cursos que têm em seu bojo as ciências exatas, tais como: práticas pedagógicas de professores; desconhecimento da cultura dos povos indígenas da região (o que poderia justificar, por exemplo a falta do discente indígena devido a festividades, rituais etc.); engessamento do currículo dos cursos; atuação da universidade frente à inclusão de estudantes indígenas; relação entre saberes tradicionais (locais) e acadêmicos (globais); a relação do professor com o aluno indígena etc.
Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo analisar de que modo a educação matemática pode colaborar para a permanência e progresso acadêmico de estudantes indígenas que ingressam por meio de ações afirmativas nos cursos de matemática e engenharias da Unifesspa. Os objetivos específicos são: Caracterizar as políticas de acesso, inclusão e permanência para estudantes indígenas da Unifesspa; Compreender a relação de tais políticas com os processos de inclusão adotados pelos cursos de ciências exatas da Unifesspa para estudantes indígenas; Identificar se no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Unifesspa e nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) dos cursos de matemática e engenharias constam orientações, recomendações e normatizações sobre políticas de acesso, inclusão e permanência para estudantes indígenas; Verificar o que dizem os professores dos cursos de matemática e engenharias a respeito das ações afirmativas e políticas de inclusão e permanência para estudantes indígenas.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Skovsmose (2014), educação matemática – sob a perspectiva crítica – pode assumir várias dimensões, de modo a contribuir para que as políticas de ações afirmativas promovam a inclusão de estudantes indígenas no contexto universitário, dado o fato de que ela “ultrapassa questões de ensino e aprendizagem e pode influenciar nas estruturas políticas e administrativas das instituições” (SILVA, 2016, p. 203).
É importante salientar que as ações afirmativas dizem respeito não somente ao acesso ao ensino superior, mas também, referem-se aos “conteúdos específicos das disciplinas, práticas de sala de aula, organização do ambiente universitário, estratégias de estudo, enfim, a uma diversidade de assuntos educacionais” (SILVA, 2016, p. 200).
Para Silva (2016, p. 216), a educação matemática ocupa lugar central nos processos formativos promotores de equidade no ensino superior. Segundo o autor,
A educação matemática, em todos os seus aspectos (pesquisa, ensino, extensão, formação, etc.), possui o potencial de não se abster do debate. Ela pode contribuir para que o processo equitativo não se restrinja unicamente ao acesso, mas colaborar no enfrentamento de afirmações discriminatórias, atuando para que as condições de permanência e progresso possam, de fato, existir.
Partindo-se dessa ótica, considera-se importante vislumbrar uma educação intercultural, a qual se constitui como um meio de fortalecimento das identidades através da afirmação da mesma, tornando a academia – e a própria sociedade – um espaço de alteridade, onde através de vários “outros”, possam haver maneiras “outras” de se configurar um diálogo intercultural, pautado em uma perspectiva decolonial (WALSH, 2007), que segundo Quijano (2007), tal perspectiva integra um projeto político e ideológico que questiona os padrões de poder, de hierarquização e classificação social oriundos dos processos de colonização.
METODOLOGIA
A pesquisa em destaque é de caráter qualitativo e de natureza descritiva-exploratória, posto que esta abordagem propicia tanto o estabelecimento de “relações entre variáveis”, quanto aspectos de situações similares, que instiguem a compreensão do problema estudado, além de flexibilizar o planejamento da pesquisa (GIL, 2002).
Para o tratamento dos dados a serem coletados, utilizar-se-á a análise de conteúdo, que segundo Bardin (2016), trata-se de um aporte teórico-metodológico que possibilita a inferência acerca do “conteúdo e expressão desse conteúdo”, isto é, sua axiologia (BARDIN, 2016, p. 55). Neste contexto, tal abordagem subsidiará a apreciação de documento como o PDI da Unifesspa e outros documentos institucionais relacionados às políticas de inclusão de estudantes indígenas, bem como os PPC dos cursos de ciências exatas da Unifesspa (matemática engenharias), com o intuito de identificar todas as ações que favoreçam a inclusão de estudantes indígenas.
Na mesma lógica, serão analisados documentos que possibilitem a identificação das taxas de ingresso, matrícula, evasão e conclusão estudantes indígenas nos cursos de ciências exatas da Unifesspa, bem como as resoluções e/ou normativas de âmbito nacional que indicam as políticas e ações afirmativas para inclusão dos indígenas no ensino superior, além de outros documentos que se mostrarem pertinentes ao tema.
Serão também realizadas entrevistas semiestruturadas com docentes dos cursos de ciências exatas, no intuito de compreender como estes compreendem as políticas de ações afirmativas, inclusão e permanência, ao passo que também se possa identificar a ótica desses sujeitos a respeito do estudante indígena. Do mesmo modo, entrevistar-se-á estudantes indígenas dos cursos de ciências exatas, a fim de caracterizar suas experiências sociais e acadêmicas no contexto universitário, bem como compreender quais aspectos identificam como importantes para sua permanência e progresso acadêmico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A presente pesquisa encontra-se em estágio inicial, sendo assim, o recorte selecionado para o presente texto destaca um breve resultado acerca do levantamento do estado arte. Desse modo, no intuito de realizar um mapeamento no que tange às produções bibliográficas com escopos afins da pesquisa em destaque, foi realizado um levantamento das teses e dissertações por meio do Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Assim, com base nos descritores educação matemática, estudantes indígenas e rendimento escolar de estudantes indígenas foi realizado o levantamento referente ao estado da arte.
Os resultados a partir dos descritores supracitados detectaram um total 5.334 trabalhos, sendo 1.118 teses de doutorado e 3.034 dissertações de mestrado acadêmico, 725 dissertações de mestrado profissional e 457 trabalhos na categoria intitulada “profissionalizante”. Considerando apenas o decênio escolhido para a verificação do estado da arte (2009-2019), os resultados são: 3.915 (três mil novecentos e quinze) trabalhos, sendo 840 teses de doutorado, 2.024 dissertações de mestrado acadêmico.
Nesse contexto, considerando apenas os trabalhos realizados no campo dos Programas de Pós-Graduação de Educação em Ciências e Matemática (ou Ensino de Ciências e Matemática), os quais serão o escopo dos trabalhos a serem analisados, será feito um refinamento dos trabalhos, os quais dizem respeito à 464 (quatrocentos e sessenta e quatro) teses de doutorado e 871 (oitocentos e setenta e um) dissertações de mestrado, no intuito de encontrar produções que alinhem à temática da pesquisa em destaque.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se, com esta pesquisa, contribuir para a decolonização da universidade, entendendo esta como um espaço plural, no qual conhecimentos de povos tradicionais e acadêmicos podem pautar-se a partir de um diálogo intercultural de saberes, concebendo a universidade como um espaço de pluriversidade, sobretudo nos cursos de matemática e engenharias.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRASIL. Lei N° 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2012/Lei/L12711.htm>. Acesso em: 25 out. 2020.
DAFLON, Verônica Toste; FERES JÚNIOR, João; CAMPOS, Luiz Augusto. Ações afirmativas no ensino superior público brasileiro: um panorama analítico. Cadernos de pesquisa, v. 43, n. 148, p. 302-327, jan./abr. 2013.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SILVA, Guilherme Henrique Gomes da. Equidade e permanência no ensino superior: o papel da educação matemática frente às políticas de ações afirmativas para grupos sub-representados. 2016. 359 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). 2016.
SKOVSMOSE, Ole. Um convite à educação matemática crítica. Campinas: Papirus, 2014.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ. Programa de Acolhimento Estudantil & Diversidade: Indígenas e quilombolas na Unifesspa. Pesquisa Diagnóstico. Marabá, 2016.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y classificación social. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL; Ramón (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.
WALSH, Catherine. Interculturalidad y colonialidad del poder: un pensamiento y posicionamiento “outro” desde la diferencia colonial. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL; Ramón (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.
Nos resultados dessa pesquisa são apresentadas 464 teses e 871 dissertações que ainda serão analisadas, gostaria de saber qual será seu critério de seleção e descarte para esse estado arte?
ResponderExcluirValdineia Rodrigues Lima
Olá Valdineia. Primeiramente, obrigado pela leitura do trabalho.
ExcluirEm se tratando dos critérios de refinamento das teses e dissertações, serão considerados os trabalhos que estejam alocados na área do conhecimento "ensino de ciências e matemática", que contenham em suas palavras-chave, sobretudo, o descritor "estudantes indígenas". Após isso, será realizada a leitura dos resumos dos trabalhos, a fim de identificar a aproximação (ou distanciamento) com a temática da pesquisa em destaque.
Atenciosamente,
Jhemerson da Silva e Neto
Levando em consideração que, nem sempre as ações afirmativas são utilizadas pelos estudantes, principalmente aquelas feitas para ingresso ao ensino superior visto que a concorrencia a essas duas vagas citadas pode ser alta. Desta forma, na pesquisa, a entrevista será realizada com os que apresentaram ações afirmativas nos processos de ingresso a universidade e afins, ou com aqueles que se afirmarão para a pesquisa?
ResponderExcluirDhaniella Cristhina de Brito Oliveira.
Olá, Dhaniella. Primeiramente, agradeço pela leitura atenciosa do trabalho.
ExcluirSobre o escopo dos estudantes entrevistados, inicialmente, pensamos apenas nos estudantes indígenas que ingressam por políticas de ações afirmativas, tais como a reserva de vagas (as "cotas"), e, no caso da Unifesspa, pelo Processo Seletivo Especial para Indígenas e Quilombolas, o qual adiciona duas vagas em todos os cursos da Instituição para cada um desses dois segmentos.
Jhemerson da Silva e Neto
Olá Jhemerson, achei muito interessante a sua pesquisa e já me encontro ansiosa com o andamento da mesma, inclusive andamos pelo mesmo caminho, pois pesquiso o ingresso de pessoas indígenas na universidsde sob uma perspectiva de gênero. Com isso tenho pensado ultimamente sobre a questão dos alunos indígenas que adentraram e adentram a Universidade sem o uso do sistema de cotas e auto declaração, isso significa dizer que esse fenômeno do qual pesquisamos pode ser bem mais significativo do que nos é acessível pelos dados, você poderia falar um pouco mais sobre isso?
ResponderExcluirJuliana Alves de Souza
Olá, Juliana. Obrigado pela leitura do trabalho. Fico muito feliz em saber pesquisas como as nossas vêm ganhando espaço no contexto acadêmico-científico.
ExcluirSobre o ingresso de indígenas no ensino superior sem o uso de ações afirmativas, penso que podemos elencar alguns fatores para que tal fenômeno ocorra, tais como: estudantes indígenas que tiveram processos formativos em escolas não indígenas, logo, tiveram mais contato com a cultura hegemônica e mais possibilidades de apropriação dos conhecimentos exigidos pela academia para o ingresso no ensino superior (sobretudo no que tange à língua); estudantes que, talvez, entendam que ao assumir a identidade indígena no acesso à educação superior, possam sofrer algum tipo de discriminação no que concerne à sua identidade étnica; ausência de processos seletivos específicos para tais atores sociais no que se refere ao acesso à educação superior. Embora haja a Lei 12.711/2012, considero importante a oferta de processos específicos para tais sujeitos, sobretudo pelas especificidades da Educação Escolar Indígena. Essas são algumas questões que julgo como importantes para refletirmos sobre esses processos que envolvem povos indígenas e universidade.
Jhemerson da Silva e Neto
Desde já parabenizo os autores pelo trabalho. Gostaria de saber se pretendem realizar pesquisas (utilizando os mesmos descritores) em outras bases de dados como ABDTD, ou permanecerão apenas nos periódicos da CAPES? Outra questão é saber como os indígenas ingressam a partir das ações afirmativas? Acredito que precisam passar por um critério de avaliação igual aos demais participantes, ENEM? ou há uma forma de ingresso por editais além do ENEM? Também salientar que durante as entrevistas será questionado quais escolas os indígenas frequentaram durante o ensino médio, tendo em vista que a matemática ensinada em algumas das escolas indígenas, são voltadas para o aprendizado relacionado aos conhecimentos do cotidiano da aldeia, não a matemática ensinada para os alunos que frequentam cursos preparatórios para o ENEM.
ResponderExcluirAgradeço a participação,
Atenciosamente: Uiara Mendes Ferraz de Pinho
Olá, Uiara. Primeiramente, obrigado pela leitura do trabalho.
ExcluirSobre a sua pergunta, inicialmente, pensamos apenas no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes. Entretanto, a depender da quantidade de trabalhos que versem sobre a temática da pesquisa, iremos fazer um levantamento em outras plataformas.
Em se tratando do acesso de indígenas à educação superior, na pesquisa, estamos considerando os que ingressam pela reserva de vagas, bem como pelo processo seletivo especial para indígenas e quilombolas que a Unifesspa oferta.
No que se refere às entrevistas, a intenção é levantar aspectos que os estudantes indígenas consideram importantes para a permanência e progresso acadêmico. Assim, não nos voltaremos sobre as especificidades da Educação Escolar Indígena, embora saibamos da importância de trabalhos que versem sobre essa temática.
Jhemerson da Silva e Neto
Primeiramente parabéns pelo trabalho, como você falou seu trabalho está em fase inicial, no caso seria apenas um questionamento em relação a sua pesquisa, você pretende fazer uma analise das bases dessa educação indígena , e como a universidade busca manter a permanência desses alunos dentro da universidade.
ResponderExcluirOlá, Priscila. Obrigado por pela leitura do trabalho.
ExcluirEm nossa pesquisa, embora a dimensão dos processos educacionais no que tange à educação escolar indígena seja demasiadamente importante, inicialmente, pensamos em pesquisar sobre a segunda questão que você levanta, a qual seja, sobre a permanência e progresso acadêmico de estudantes indígenas no ensino superior e como a educação matemática pode contribuir nesse debate, sobretudo nos cursos de matemática e engenharias.
Jhemerson da Silva e Neto
Querido, Jhemerson, sua proposta de estudo tende a trazer relevante contribuição para que a Unifesspa, instituição situada na região amazônica, possa pensar as suas políticas de acesso e permanência para estudantes indígenas, e com isso, continue construindo políticas cada mais qualificadas para os povos originários.
ResponderExcluirQuando você falou em caracterizar as políticas da instituição, me recordei do PAIND, que trabalha com acolhimento, orientação dos estudantes indígenas, mas que, me parece, ainda não possui espaço físico e, penso do quanto esse aspecto pode ser importante para os estudantes.
Soraya Gonçalves Santos
Olá Soraya. Obrigado pela participação e leitura do trabalho.
ExcluirConcordo com você em todos os aspectos, sobretudo no que concerne ao PAIND, uma vez que, na Unifesspa, tal Programa não faz parte de uma política institucional, o que enfatiza a necessidade de inserção dessas políticas no plano institucional, isto é, que ações desse cunho façam parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) das Instituições de Ensino Superior (IES).
Jhemerson da Silva e Neto